Manter um cliente ou seu propósito de marca?

Artigo escrito em 29/04/2020

Venho batendo em uma tecla importante durante esse tempo que estamos enfrentando a pandemia: mostre o valor da sua marca para seu cliente. Mais do que a venda agora, em um momento que as pessoas estão em quarentena, saindo e consumindo somente o necessário, é preciso que compreendam o propósito da sua marca existir no mundo.

É hora de bater de frente com o medo e mostrar a cara — não literalmente, claro. Já estamos reclusos em nossas vidas domésticas e sua empresa não precisa ficar também, não é mesmo?

Um dos benefícios de colocar a marca no centro da estratégia do seu negócio é justamente não precisar espernear por atenção. Quem entende sua essência e compartilha de seus valores, estará ao seu lado na hora primordial da lembrança: a decisão de compra.

Tornar-se relevante é um trabalho árduo, de anos, que exige coerência, e com base na verdade (não existe mentira no Google), então comece agora! Manter-se com essa importância é ainda mais sinuoso. E, nessa jornada, sempre chegamos a um ponto crucial: sua empresa está pronta para abrir mão de um cliente ou uma transação que não está de acordo com seus princípios? Está pronta para honrar seu propósito a despeito de lucro a curto prazo? Quer ter longevidade ou está cumprindo uma meta a curto prazo?
Isso não significa afastar-se das responsabilidades do agora, que entendo muito bem como são muitas e custosas, mas mantê-los em caminho paralelo, alinhados, sem prejudicar o compromisso maior, que é entregar os valores da marca.

Se existe um propósito a ser seguido, é preciso buscar alternativas e decisões que naveguem nessa mesma corrente. Grandes marcas passam por grandes decisões que as colocam em posição diferente das demais. Como diria Al Ries no clássico livro Posicionamento, “é preferível ser um peixão em uma lagoa pequena (e depois aumentar o tamanho da lagoa) a ser peixe pequeno em uma lagoa grande”.

O momento é propício porque pede novas atitudes, realmente inovadoras. E todas elas estão, principalmente, na forma de pensar. É hora de ter coragem.